O teu regaço, a lamparina acesa,
O pequeno lençol que trago na lembrança,
A oração da manhã e o pão à mesa...
Afagando o fogão, de momento a momento...
A roupa e o batedouro em que cantavas
Para esquecer o próprio sofrimento...
Aumentando a despesa no armazém...
Vestias-me de renda para a escola
E nunca me lembrei de ofertar-te um vintém.
Ante a cidade de qualquer maneira...
Parti... – eu era a rosa para a festa,
Ficaste... – eras a rústica roseira.
As flores do prazer, o brilho, a fama,
A malícia dourada e os suplícios da prova
Marcando a pranto e fel os passos
de quem ama...
Dá-me de tua paz sem ilusão,
Guarda-me em ti, amor de minha vida,
Alma querida de meu coração.
Maria Dolores
Chico Xavier
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